quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Livro:    NINGUÉM É DE NINGUÉM


Médium: Zíbia Gasparetto
Pelo Espírito: Lúcius
Páginas: 378
Editora: Centro de Estudos Vida & Consciência Editora - São Paulo



RESUMO:

Conta a história do casal Roberto e Gabriela.
 Roberto nunca concordou que a esposa continuasse trabalhando após o casamento. Depois de ser traído pelo seu sócio e consequentemente falido, teve que ser sustentado por Gabriela. Sendo assim, entrou em depressão e passou a sentir um ciúmes doentio de sua esposa, atraindo muitos espíritos infelizes devido a seu baixo campo vibracional. Houve uma desestruturação familiar e uma tragédia que afetou suas vidas para sempre.

VIBRAÇÕES E SUAS RESPECTIVAS SINTONIAS


            O ser humano emite sem cessar, vibrações, isto é, ondas de pensamentos que lhe são próprias.

            Toda essa massa fluídica que permanece vibrando na crosta terrena, composta das emanações mentais dos encarnados e dos desencarnados que aqui ainda se encontram, forma a atmosfera espiritual da Terra, que é pesada e sufocante, segundo afirmam os próprios mentores do Plano Espiritual.

            Cada indivíduo traz consigo, circundando o corpo, uma atmosfera fluídica, chamada AURA, que é o seu campo eletromagnético, proveniente das irradiações de seus próprios pensamentos, sentimentos, palavras e ações.
            Por isso, os Espíritos insistem que os pensamentos elevados e as palavras limpas são indispensáveis à harmonia do convívio familiar e social, uma vez que criam uma agradável atmosfera de paz e alegria,
            Já os maus pensamentos, e as más vibrações emitidas pelas próprias palavras, formam sempre uma corrente fluídica que causa mal-estar, em qualquer ambiente.
            Daí a diferença das sensações que sentimos à aproximação de um amigo ou de alguém que nutre por nós forte antipatia.

            Dr. Carlos Toledo Rizzini, cientista e adepto da Doutrina Espírita, em seu livro “Evolução Para o Terceiro Milênio”, esclarece que a sintonia é um estado de harmonia vibratória, ou seja, é um grau de semelhança das emissões ou radiações mentais de duas ou mais pessoas encarnadas ou desencarnadas.
            Portanto, estão em sintonia pessoas ou Espíritos que têm pensamentos, sentimentos e ideais semelhantes.
            Nós atraímos as mentes que possuem o mesmo padrão vibratório nosso, que estão no mesmo nível moral.
            Assim, nós temos a companhia terrena ou espiritual que desejamos, mediante o nosso comportamento, sentimentos, pensamentos e aspirações.

            Só há um caminho para elevarmos cada vez mais as nossas vibrações: é enriquecendo o nosso pensamento por meio do desenvolvimento da inteligência e do sentimento, que implica em nosso interesse e perseverança no estudo, no conhecimento e, sobretudo, na prática do bem, da caridade e da moralidade.

            Devemos, também, não nos esquecer de que os lugares, apesar de não ser uma entidade, têm, como as pessoas, as suas particularidades, os seus pontos fortes e fracos.
            Portanto, eles têm, também, sua atmosfera predominante. Essa atmosfera é o produto da composição dos pensamentos daqueles que ali residem ou residiram, ou então, que frequentam assiduamente.
            Em geral, podemos observar que certas residências têm em si uma atmosfera de alegria, sociabilidade e carinho; enquanto que outras são frias e até repulsivas.
            Em uma prisão, por exemplo, a atmosfera será sem dúvida horrorosa para um sensitivo. Como também, um lugar de vícios, se tornará sufocante para aquele que possui elevadas tendências mentais. Já uma velha igrejinha, ao contrário, poderá produzir na mente de seus visitantes um sentimento de quietude e paz.

            A mesma coisa acontece com as pessoas, algumas trazem consigo uma atmosfera de contentamento, otimismo e determinação, ou então, de equilíbrio e serenidade.
            Já outras, produzem num ambiente sentimento de pessimismo, discórdia, desconfiança e mal-estar.

            Portanto, para compreendermos o Universo com a sua variedade de vibrações, inclusive as nossas, teremos, primeiramente, que compreendermos a nós mesmos.

            De uma forma simbólica, podemos dizer que a nossa conduta em cada encarnação é um processo, e a nossa consciência um tribunal.

            No século XX conseguiu-se verificar, através de experiências com aparelhos apropriados, que as vibrações de certas pessoas podem afetar até os vegetais.
            O estudo deste fenômeno foi iniciado, em 1966, por Cleve Backster, considerado, em sua época, o maior perito norte-americano no campo dos polígrafos, que é a parte essencial dos detectores de mentira.
            Durante alguns anos, ele chefiou um instituto de pesquisas, em Nova York, treinando policiais e criminalistas no manejo daqueles aparelhos.
            Certo dia, em seu laboratório, Backster acabara de regar uma planta chamada Filodrendo, quando surgiu a ideia de verificar se a subida da umidade influiria na planta a ponto de ser medida pelo polígrafo. Rapidamente, ele prendeu dois eletrodos condutores de corrente elétrica com uma fita elástica em uma folha da planta, ligando o aparelho. Depois de um minuto, durante um rápido instante, o polígrafo acusou algo que se assemelhava a reação de uma pessoa experimentando um breve impulso emocional. Backster surpreso e curioso tentou verificar se o Filodrendo seria também capaz de revelar susto. Depois de algumas tentativas, sem resultado, ele teve a ideia de queimar uma folha da planta, bastou este forte pensamento emitido sobre a planta para que a curva do polígrafo desse quase um salto.

            Dentre essas experiências, a mais extraordinária foi quando Backster arquitetou o “assassinato de uma planta”. A cena ocorreu da seguinte maneira:
            Um membro da equipe de pesquisas, designado pela sorte, foi encarregado de despedaçar, com raiva, uma planta ao lado de outra da mesma espécie. Durante este ato brutal, o “assassino” ficou na sala a sós com as duas plantas, retirando-se em seguida. Após a execução do “crime”, os seis membros da equipe foram entrando na sala, um após o outro. Na entrada de cinco deles, a planta testemunha, que estava ligada em um polígrafo, ficou impassível. Mas, quando entrou o sexto membro, a planta ficou em pânico, pois reconheceu nele, através de suas vibrações, o “assassino” de sua irmã de espécie. Neste exato momento o polígrafo disparou. A partir daí, junto com sua equipe, Backster fez inúmeras experiências, obtendo sucesso em várias dela, chegando à conclusão de que as plantas possuem uma espécie de percepção rudimentar que definiram, naquela época, como percepção primária.

            Nota: As referências feitas às experiências de Cleve Backster constam do livro “A Ciência Fantástica”, de Peter Andreas e Gaspar Kilian.

            Já o Dr. Carlos Toledo Rizzini, médico, biólogo e botânico, falecido em 1992, nos dá uma explicação simples a respeito dessas reações das plantas tão testadas, há anos atrás, por Backster.

            Diz o seguinte: “Pelo fato de as plantas não possuírem sistema nervoso, não possuem, obviamente, os órgãos dos sentidos, e por isso, elas não sentem dor, sendo desprovidas de sensações e de percepções”. Mas como possuem como nós um corpo fluídico, elas podem dar respostas ou ter reações aos pensamentos, emoções ou intenções de uma pessoa.

            Esta espécie de sensibilidade, proveniente do corpo fluídico, permite que reajam a certos estímulos, como as vibrações de determinadas pessoas ou animais, sejam elas boas ou más. E para detectarmos essas reações bastam que as plantas estejam ligadas a um aparelho registrador bastante sensível, como, no caso, os polígrafos e os galvanômetros. Assim, o que uma pessoa ou um animal envia a uma planta, são fluidos emanados dos seus respectivos corpos fluídicos, isto é, dos seus perispíritos.
Portanto o vegetal reage quando é atingido por essas cargas fluídicas, porque, apesar do seu psicossoma ser primitivo, ele não é inerte.

Com esses esclarecimentos fica provado que se até uma planta pode captar as vibrações negativas do ser humano, quanto mais uma criatura de moral fraca, despreparada, ou então, muito sensível.

É por isso que os mentores espirituais afirmam que toda a complexidade da saúde ou da doença, da paz ou do desequilíbrio, irá depender da qualidade dos pensamentos que emitimos que cultivamos e que recebemos dos outros.

Podemos concluir que somos na realidade, como um radar: se mantivermos nossa antena ligada para ondas negativas, ou se nos entregarmos a devaneios tolos, ou então, a lembranças dolorosas, nossa vida será um martírio.
Mas, ao contrário, se ligarmos nossa antena para o Plano Espiritual, procurando entrar em sintonia com as ondas positivas, permaneceremos seguros e em paz conosco mesmos e com o mundo.


Y.M.B.C.


PENSAMENTOS



            “Nós somos o que pensamos”, já que moramos, em essência, na casa vibratória de nossos próprios pensamentos.

            O tema a ser pesquisado refere-se, em particular, às consequências benéficas e maléficas produzidas pelos nossos próprios pensamentos, emitidos no decorrer do dia-a-dia.

                       
Nos livros “Minha Mente, Meu Mundo”, de Walter Barcelos e “Os Poderes da Mente”, de Suely Caldas Schubert, os autores nos esclarecem com muita objetividade o seguinte:
            O pensamento é criação do espírito e não propriamente do cérebro físico.
            O cérebro, por mais complexo e maravilhoso que seja, é instrumento das funções psíquicas da mente, que é parte integrante do espírito. Assim, a mente é a sede dos nossos pensamentos e o arquivo dos conhecimentos, adquiridos nesta e nas encarnações anteriores. Por isso, quando usamos a expressão “educar a mente”, é o mesmo que dizer “educar o espírito”.

            Um ponto relevante é que o próprio fundador da Parapsicologia, em 1927, nos Estados Unidos, Joseph Rhine, declarou que a mente não é física; ela age sobre o mundo material por vias extrafísicas.
            Esta concepção não deixa dúvida de que é através do cérebro que o espírito encarnado pode transmitir seus pensamentos. Este órgão físico que contém dezenas de bilhões de neurônios tem a função orgânica de registrar os pensamentos e traduzi-los em palavras para poder externá-los.
            Partindo dessas informações, vemos o quanto é importante nos esforçarmos para educar e disciplinar a nossa mente que, de uma forma simbólica, é a “casa viva” onde cada um de nós reside, conforme nossas próprias convicções.

            Cada ser humano respira na faixa de claridade ou de sombra, ou então, de alegria ou de dor, em que se situa no curso de sua vida.
            Hoje em dia, já temos consciência de que a nossa saúde mental depende de como pensamos e nos conduzimos no decorrer de cada encarnação.
            Quando afligimos a mente, muitas vezes por ninharias, alteramos as funções do corpo, ficando sujeitos às perturbações orgânicas das mais diversas. Por isso, compete a cada um de nós, se quisermos gozar saúde e bem-estar, promover uma revisão completa em nossos arquivos mentais, desembaraçando-nos, principalmente, de tudo o que representa intolerância, irritabilidade, rancor, revolta, ódio e medo.

Além dessa inteligente providência, devemos apelar para outros recursos, tais como a boa leitura, a meditação, a oração e a conversa sadia e elevada, como se fizéssemos uso de “fortificantes e antibióticos” mentais.
Vemos que a própria pessoa, através do conhecimento, da vontade e da perseverança, pode atuar na recuperação de sua saúde física e espiritual.

Quanto aos pensamentos, esclarece Dr. Carlos Toledo Rizzini, médico, cientista e botânico, em seu livro “Evolução Para o Terceiro Milênio”, que os pensamentos são fluxos fluídicos, considerados como matéria sutil do corpo espiritual e, pelo fato de serem concretos, em dadas circunstâncias, eles podem perdurar longamente no espaço.

Expõe Dr. Rizzini que os pensamentos, aliados à vontade, são forças prodigiosas e que dispõem de “potência criadora”, e constituem forças plasticizantes e organizadoras. Ambas são capazes de plasmar a matéria, criando tecidos. Por isso, curas rápidas e completas decorrem desse poder organizador.

Alerta, então, Dr. Rizzini, dando os seguintes conselhos: o pensamento sombrio adoece o corpo são e agrava os males do corpo enfermo. E, mais: toda tensão mental acarreta distúrbios de importância no corpo físico. Cultivar melindres e desgostos, irritação e mágoas, é intoxicar, por conta própria, a tessitura da vestimenta corpórea, arrasando, consequentemente, sangue e nervos, glândulas e vísceras.

Em suma, conclui Dr. Rizzini, enfermidade e cura dependem da natureza e direção do pensamento, que é o produto peculiar da mente.

Consta do livro citado “Os Poderes da Mente”, que em 16 de Junho de 1998, o jornal “O Globo”, publicou a notícia de que uma sonda criada pelo pesquisador neurocientista americano Brian Salzberg, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, possibilitou que cientistas britânicos, pela primeira vez no mundo, fotografassem e gravassem em vídeo um pensamento, que aparece na foto como um “flash” cruzando o cérebro.
Esta fotografia mostra os sinais elétricos que formam o pensamento viajando pelas células cerebrais, a mais de 450 quilômetros por hora. A foto foi obtida graças a uma técnica chamada “sonda potencia métrica”.

Essas são as primeiras imagens da base do pensamento surgidas e que mostram os neurônios trabalhando sincronicamente para que o cérebro possa gerar o pensamento.

Vejamos agora o quanto é fácil elaborarmos pensamentos negativos.
Sem perceber as criaturas são atraídas por aspectos sombrios da vida, por conversações deprimentes e, o que é pior, quando a sós, dão asas à imaginação que lhes incute temores, acabando por alimentar ideias pessimistas que culminam em tristeza, revolta ou desânimo.

Mas não ficam apenas nisto. De acordo com o que pensam, ligam a TV e dão preferência aos programas que relatam as tragédias do cotidiano, seus conflitos e dramas. E o mesmo ocorre também com sua leitura, filmes e músicas.

O resultado de tudo isso são pensamentos negativos do tipo: eu não consigo, não quero, não posso, não aquento, não tenho forças, e assim por diante.

Diante deste quadro, é importante refletirmos que tudo que somos hoje tem as suas causas no passado, quando não decorrem de ações viciosas do presente. Portanto, a cada dia preparamos a nossa herança para os dias vindouros.

Certa vez, uma mensagem psicografada por Chico Xavier, disse Emmanuel:
“Nossos pensamentos são paredes em que nos enclausuramos ou asas com que progredimos às mais altas virtudes”.

E para concluir este tema tão absorvente, Lauro Trevisan, estudioso da ciência do poder da mente, em seu livro “A Cura Pela Palavra”, nos dá os seguintes conselhos:
Devemos tomar cuidado com o que pensamos já que os nossos pensamentos se materializam pela solicitação da nossa energia mental.

E é do pensamento cheio de energia que se produzem a saúde e as forças física e mental, mas é também através dele que a nossa vida pode se transformar num caos.

Em vista disso, sugere Lauro Trevisan, que a pessoa deve criar em sua mente a semente de valores e de bem-estar.

O primeiro passo a dar é limpar a mente, enchendo-a com pensamentos construtivos e positivos, envolvendo-os com bons sentimentos.

Para finalizar, reflitamos na essência desta narrativa intitulada, “A Arte de Viver”, de Yogananda, guru indiano considerado uma das nobres figuras espirituais do século XX:
“Certa vez um discípulo perguntou a Yogananda: _ Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes e algumas indiferentes. E pior, mestre, sinto ódio das que são caluniadora, e sofro com as que mentem.
Yogananda, querendo ajudá-lo, o advertiu: _ Viva como as flores.
Espantado, o rapaz quis saber como é viver como as flores.
O mestre, então, apontando as flores que cresciam no jardim, disse:
_ As flores nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas. Extraem do adubo mal cheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas.
Yogananda concluiu esta profunda imagem acrescentando:
_ É justo, meu rapaz, angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que as dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus não há razão para aborrecimento.
_Por isso, exercite você, a virtude de rejeitar todo o mal que vem de fora. Isto é viver como as flores.”

Y.M.B.C.










terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

A INTUIÇÃO



As citações deste tema foram baseadas nos conhecimentos de vários autores conceituados, destacando-se entre eles os seguintes:
Alberto de Souza Rocha, em seu livro “Espiritismo e Psiquismo”; James Van Praagh, em seu livro “O Despertar da Intuição” e Edgard Armond, em seu livro “Mediunidade”.

Segundo esses estudiosos, a intuição é a origem que recebemos da própria alma e que surge naturalmente, no momento em que a nossa mente está calma o suficiente para que possamos ouvir, sem distorções, o conselho certo da voz interior.

É exatamente está profunda faculdade de nosso ser que nos leva a compreender e a aceitar a verdade cósmica, a verdade divina, que existe, em forma potencial, em nossa alma.

Portanto, é através da intuição que tomamos consciência de que Deus é a verdade única e eterna; é a inteligência suprema que está presente em toda a criação universal, da qual somos partícula viva, operante e sensível.

É óbvio que esta plena aceitação ocorre quando a pessoa já adquiriu a sua própria sabedoria, a sua própria visão, o que lhe permite entender com maior profundidade o mistério da existência.

Este nível espiritual a que nos referimos, nada tem a ver com o nível intelectual.

Este é o motivo pelo qual a intuição não pode ser explicada cientificamente, já que o fenômeno em si é irracional, isto é, foge ao raciocínio, portanto, não é científico.

Para entendermos melhor essas informações sobre a intuição, imaginemos uma escada dividida em três partes:

A primeira parte, a mais baixa, é a do instinto, é a força da natureza inconsciente no homem, que sempre o acompanhou desde os primórdios dos tempos.

A segunda parte da escada, a do meio, é a do intelecto, que nos faz conhecer o mundo ambiente em que vivemos.

E a terceira parte da escada, a mais alta, é a da intuição, que é a vidente. Vê a verdade que se encontra no recôndito do subconsciente ou superconsciente, segundo a nomenclatura de alguns autores, parte integrante do campo mental e onde se encontra arquivado todo o nosso cabedal de conhecimentos adquiridos através das sucessivas encarnações em nossa marcha evolutiva.

Com esse simbolismo da escada, fica mais fácil sentirmos a grande diferença existente entre o intelecto e a intuição.

O intelecto se apoia na razão que tem como função, medir, pesar, dividir, analisar e concluir, o que a torna metódica, mecânica e limitada.

Já a intuição se apoia na fé, porque somente crê e confia. Ela é ilimitada, independente de qualquer lei. Isto ocorre porque a intuição se exerce na esfera do espírito livre que não obedece a convenções, preconceitos ou leis humanas.

De tudo o que foi exposto uma coisa ficou bem clara: é que a verdade divina, só é percebida pelo indivíduo por meio da intuição.

No futuro, o ser humano renovado que venceu a si mesmo, vencendo o domínio da matéria grosseira, será realmente um ser intuitivo.

Diz Dr. Alexis Carrel que todos os grandes homens são dotados de poder intuitivo. Eles sabem, sem raciocínio e sem análise, o que lhes importa saber.

Por sua vez, o mestre indiano Osho, acrescenta que todos grandes cientistas têm conhecimento dessa verdade.
Eles têm consciência de que as suas grandes descobertas foram feitas não pela razão, mas, sim, pela via da intuição.

Cita Osho, em seu livro “Intuição”, dois exemplos bem diferentes que nos mostram como, às vezes, ocorre a intuição.

Primeiro vejamos o caso que se passou com Madame Curie.

Madame Curie, nascida em Varsóvia, física e química, e grande colaboradora de seu marido Pierre Curie, trabalharam três anos num determinado problema. Mas, apesar de tentar resolvê-lo por meio de vários ângulos, todos fracassaram. Numa noite completamente exausta ela chegou à conclusão de que havia desperdiçado três anos de sua vida. Resolveu abandonar aquele problema e foi dormir. No meio da noite, ela se levantou dormindo, foi até à sua mesa de trabalho e escreveu a solução. Pela manhã, qual não foi sua surpresa ao encontrar a resposta correta sobre a mesa, de imediato, reconheceu a sua caligrafia.

Naquele momento, Madame Curie reconheceu que o caminho para a solução do problema não estava na razão, mas, sim, na intuição.

O outro caso, também, comprovado, aconteceu com uma indiana chamada Shakuntala.

Esta mulher exibiu o seu poder de intuição em diversas universidades ao redor do mundo.
É bom esclarecer que ela não era uma matemática, nem mesmo possuía muita instrução. No entanto, despertou a curiosidade até de Albert Einstein a quem deu uma estranha demonstração, na presença de outras pessoas.
Sentada à frente de um quadro-negro, com um giz na mão, as pessoas faziam-lhe qualquer tipo de pergunta sobre matemática, e mal haviam terminado a pergunta, ela já começava a escrever a resposta.

Albert Einstein deu a ela um certificado que dizia: “Fiz a essa mulher uma pergunta que levei três horas para responder, porque tive de seguir um método. Sei que ninguém pode fazer isso em menos tempo do que eu. Outros poderão levar até seis horas ou mais”.

Os números eram tão grandes que ela precisou de todo quadro-negro para escrever a resposta. Einstein, impressionadíssimo, perguntou a ela, como conseguia fazer isso. A indiana respondeu:_ Não sei como consigo fazer isso, simplesmente acontece. Você me pergunta e os números começam a aparecer diante dos meus olhos, de algum lugar de dentro de mim.

Osho, que a conheceu pessoalmente e pode estudar a sua faculdade intuitiva, declara que essa mulher nasceu com a intuição desperta, e que com essa faculdade poderia ter se tornado uma iluminada, mas, infelizmente, ela se tornou apenas um objeto de exposição.

Na realidade mesmo as pessoas comuns, têm seus lampejos de intuição que as ajudam, em certas circunstâncias, a solucionar problemas aparentemente insolúveis
.
Vamos concluir este tema com um importante conselho: não confundir inspiração com intuição, conforme esclarece a Doutrina Espírita.

James Van Praagh, famoso médium e conferencista americano da atualidade, autor de vários livros, nos alerta da necessidade de aprendermos a distinguir a nossa voz interior, que chega à nossa consciência através da intuição, da voz dos espíritos que chega até nós pela inspiração.

Ninguém melhor para nos dar essa orientação do que o próprio Allan Kardec, codificador da Doutrina Espírita.

Allan Kardec, em “O Livro dos Médiuns”, cap. XV, pgs. 224 a 226, explica que a inspiração, nos vem dos espíritos que nos influenciam tanto para o bem como para o mal, dependendo apenas do fator sintonia.
Diz Kardec que todos têm seus espíritos protetores e familiares que nos ajudam sugerindo ideias salutares por meio da inspiração, e que o fazem através do pensamento. Esclarece também, que existe a mediunidade inspirada e intuitiva, sendo que a intuitiva se processa através da psicografia.

A título de informação, no livro “Do ABC ao Infinito”, volume II – tomoII – pags. 181 a 183, o autor José Náufel, esclarece este assunto referente a mediunidade, com maior clareza e detalhes.

Portanto, o tema abordado diz respeito apenas a “faculdade de intuição” que chega à nossa consciência vinda do recôndito de nossa própria alma, e que é uma conquista nossa adquirida através do processo evolutivo.





Y.M.B.C.

O PERDÃO


 


            Segundo explicações dadas por James Van Praagh, famoso médium americano, em seu livro “Em Busca do Perdão”, perdoar é um ato de superação, de aprendermos a nos proteger sem ressentimento.

            De transformar os acontecimentos que nos magoam em experiências e crescimento. Portanto, perdoar não é somente algo que se faz pelo outro, mas é também um gesto de desapego e libertação. É um benefício que podemos prestar a nós mesmos.

            Aquele que pede e o que concede o perdão sincero iluminam-se com esse gesto, abrindo seus corações e suas vidas para o amor. Já aquele que fica preso ao passado, as suas mágoas e ressentimentos, perde a oportunidade de crescer no mundo e de evoluir espiritualmente,

Alerta Van Praagh, que a vingança não cura dor alguma, e que só teremos paz em nossos corações se dermos uma chance aqueles que erraram conosco. E se quisermos gozar saúde, não devemos manter uma ferida aberta que quer e precisa ser fechada, devemos deixar para trás tudo que já passou, para que esses acontecimentos desagradáveis percam sua força.

Essa atitude nos salva da posição de vítima e nos devolve o comando do nosso próprio ser.

James Van Praagh, em seu livro “O Despertar da Intuição”, também nos chama a atenção para o fato de que os pensamentos são coisas reais.
E apesar de não vê-los com os nossos olhos físicos, eles atravessam a atmosfera, viajando como correntes elétricas, de pessoa a pessoa.
Assim, tanto nós os emitimos a outras pessoas como também os captamos, podendo até dizer que na realidade, somos como antenas ambulantes.
E esse intercâmbio, pode ser positivo ou negativo para nosso bem-estar.

Diante desta observação, conclui Van Praagh, dizendo que se, realmente, perdoamos uma pessoa em pensamento, ela será perdoada. E acrescenta que é com o ato de perdão que nós, seres imperfeitos, podemos nos reconciliar com o nosso destino maior.

Richard Simonetti, autor de diversos livros espíritas, em um artigo publicado no “Reformador”, cita vários exemplos sobre o ato de perdoar,
Entre estes exemplos citaremos dois dos mais comuns desabafos:
            _ Eu perdoo, mas não esqueço.
            Neste caso, pondera Simonetti que, se a pessoa passar a cultivar a lembrança do ocorrido, relembrando-a em detalhes, essa atitude será considerada como sinal de rancor reprimido.

            Ou então: _ Perdoo, porque tenho certeza de que Deus haverá de castigá-lo um dia.
            Esta afirmação expressa um desejo evidente de vingança.

            Diz Simonetti que, em qualquer das duas alternativas, aquele que assim procede está prejudicando a si mesmo, minando sua própria saúde e mantendo conflitos em sua alma.

            Para concluirmos, será exposta a opinião de Claude Bristol e Harold Sherman, no livro intitulado “T.N.T. _ Nossa Força Interior”, a respeito da frase “Perdoo, mas não esqueço”.

Explicam Bristol e Sherman, que tudo que levamos para dentro de nossa consciência, lá fica retido, a menos que, através de um ato de resolução e boa vontade, alteremos o quadro mental, ou então, o abandonemos de uma vez.

Mas se não conseguirmos mudar os quadros desagradáveis e perturbadores pelo qual passamos, eles continuarão a existir como irritação na consciência e, em consequência, irão se refletir em algum distúrbio físico ou psicológico.

Portanto, se quisermos prosseguir em nossas vidas com paz e saúde, não devemos estocar em nossa consciência, quadros mentais infelizes e destrutivos, isto porque eles se encarregarão, com o passar do tempo, de envenenar o nosso organismo.

YMBC



            

Livro: MECANISMOS DA MEDIUNIDADE

Autores: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira
Pelo Espírito: André Luiz
Páginas: 183
FEB: Federação Espírita Brasileira


Sinopse:

O Espírito André Luiz alia Ciência ao Espiritismo para apresentar conceitos como energia, átomo, obsessão, hipnose, magnetismo, animismo e psicometria, entre outros, oferecendo aos médiuns e estudiosos da mediunidade diversos recursos para melhor compreensão de questões da Física e da Fisiologia que se relacionam ao tema.
Com psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, o autor espiritual esclarece que, além de conhecimentos e estudos, é necessário ter disciplina e responsabilidade para praticar a mediunidade com Jesus e entrar em comunhão com o plano superior, buscando o aprimoramento do espírito sob as diretrizes do Evangelho do Cristo.


Resumo:

Este livro fala de uma maneira técnica e bem esclarecedora, sobre os diversos tipos de mediunidade. A sintonia mental que existe entre os encarnados e os desencarnados. A importância dos pensamentos, atraindo para o campo magnético vibrações boas ou ruins. Conjugando sintonias e materializando pensamentos de acordo com a força na qual é dado a ele.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Livro: MINHA MENTE, MEU MUNDO

Autor: Walter Barcelos
Ed: DIDIER
Páginas: 175

Resumo:

Neste livro, Walter Barcelos, nos leva para uma viagem que descortina o poder que existe na nossa mente e que pouco exploramos. Não podemos parar de pensar, mas podemos selecionar o que pensamos. A nossa mente passa horas maquinando uma mesma história, passando e repassando o mesmo problema, gerando assim muito desgaste e energia.
            Nos fala da interferência dos Espíritos nos nossos pensamentos, conduta e atitudes.
            O autor apresenta um brilhante estudo sobre a mente, o mundo íntimo e suas implicações com a vivência e o aprendizado de cada um de nós. Mostra que cada ser constrói seu ambiente de paz ou intranquilidade, equilíbrio ou desequilíbrio, luz ou trevas.
            Esta leitura esclarece de forma simples, explicações científicas e espirituais sobre o funcionamento do nosso cérebro.


Sinopse: Pensamento e Vontade. Força Psíquica. Poluição Mental. Pensamentos e Sintonia. Mecanismos da Vida mental. Teor Específico do Pensamento. Estes são alguns dos temas tratados neste livro de teor doutrinário. 

Livro: OS MENSAGEIROS

Autor: Francisco Cândido Xavier
Pelo Espírito: André Luiz
Coleção: A Vida no Mundo Espiritual
Páginas: 319
FEB: Federação Espírita Brasileira


Sinopse:


Este livro revela que a morte física descortina a vida espiritual em contínua evolução.
Em cinquenta e um capítulos relata as experiências de vários espíritos que reencarnaram com trabalhos programados, necessários aos seus próprios aprimoramentos.
Trata ainda de temas como: culto do Evangelho no Lar, os benefícios da prática do bem, invigilância e medo da morte.
O autor espiritual evidencia a oportunidade de trabalho dos médiuns, alertando-os quanto à necessidade da prática dos ensinamentos na esfera íntima, a fim de se evitar o retorno ao plano espiritual sem o cumprimento dos compromissos assumidos.


Resumo:


André Luiz, já no “Nosso Lar”, depois de algum tempo desencarnado, relata sua experiência e de seus companheiros do plano invisível, na função de mensageiros espirituais.
Após sua libertação dos laços inferiores que o prendiam a Terra, poderia voltar ao plano terrestre em caráter de serviço. Ajudando no plano visível e invisível.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

ENERGIA MENTAL



           Num artigo publicado no “Reformador”, Mauro Paiva Fonseca faz uma explanação sobre este assunto, com uma abordagem clara e objetiva.

            Inicia dizendo que nós vivemos num campo vibratório, gerado não só pelas mentes dos seres humanos, como também pelas dos Espíritos desencarnados, que juntas compõem a coletividade do planeta Terra.

            Os dois planos, material e o espiritual do mundo em que vivemos, irradiam ininterruptamente energias mentais heterogêneas que são absorvidas pelas mentes que lhe são afins, ou então, repelidas pelas mentes que lhe são adversas.
            Portanto, a qualidade da energia que absorvemos irá depender do nosso grau de conhecimento que nos permitirá discernir, com acerto, entre o bem e o mal, o certo e o errado, o elevado e o inferior.

            Esta explicação de Mauro Paiva Fonseca nos faz ver a importância, no curso de nossas vidas, de termos uma mente esclarecida e equilibrada, porque é exatamente ela que nos manterá a salvo do risco de absorvermos essas energias inferiores que poluem a crosta terrestre.

            Outro ponto importante é estarmos atentos à natureza dos pensamentos que habitualmente alimentamos.

            Os pensamentos negativos, tais como a intolerância, a ira, a vingança, o desespero e tantos outros dessa natureza, geram em nosso organismo, conforme a sua intensidade, estados vibratórios venenosos.
 Essas vibrações venenosas penetram o nosso corpo fluídico - o perispírito- e, em seguida, irrompem no corpo físico sob a forma de enfermidades de difícil diagnóstico médico.

No entanto, os pensamentos de serenidade, mansuetude, bondade e resignação aos fatos imutáveis da vida, e outros do mesmo teor, mantém-nos o estado espiritual sadio, nos proporcionando uma saúde equilibrada e alegria de viver.

            Dentro desse procedimento cada pessoa receberá, através da sintonia, uma boa ou má energia, sempre de acordo com a natureza de seus próprios pensamentos.

            Vejamos, agora, a pior das sintonias que podemos captar pela invigilância de nossos pensamentos: a obsessão.

            Entre os vários graus do processo obsessivo, focalizaremos apenas a invigilância dos nossos pensamentos e da nossa conduta.

            Izaias Claro, em seu livro “Vencendo Aflições”, esclarece que toda obsessão acontece da perfeita sintonia entre o obsessor e o obsediado.
            Explica que os que partem da Terra, desencarnando fortemente imantados aos vícios, têm dificuldades de se desligarem do plano material, e por isso permanecem perambulando junto a nós, a procura daqueles que lhes proporcionarão meios de continuar com seus vícios interrompidos.
            Esses Espíritos sedentos e ansiosos utilizam-se de pessoas afins para absorver suas emanações viciadas.
            Consta que o número dessas vítimas que padecem do processo da obsessão espiritual, é muito grande, já que o número de viciado na Terra cresce dia-a-dia.

            Izaias Claro nos dá, então, os seguintes conselhos: Nós não devemos nos permitir deslizes morais, e para isso, é preciso estarmos sempre vigilantes para que possamos mudar os clichês mentais viciados e remover da mente as imagens negativas por nós alimentadas.

            Outra medida importante contra esses assédios é orarmos e meditarmos, e nesses momentos, refletirmos sobre os reais valores da vida.

Como também, devemos por em prática a terapia preventiva, que consiste em cultivarmos os pensamentos otimistas e sadiamente operantes, como no trabalho fraternal de solidariedade, e no serviço ao próximo.

Existe outro perigo que afeta muitas pessoas por não cuidarem da qualidade de sua energia mental: é o caso da auto-obsessão.
Denomina-se auto-obsessão a influência obsessiva da alma sobre si mesma.
A criatura passa a ser “a opressora de si própria”, criando um verdadeiro campo de batalha em seu mundo interior, e provocando alterações de comportamento físico, emocional e mental.

Suely Caldas Schubert, em seu livro “Os poderes da Mente”, esclarece que o ser humano não raramente é o obsessor de si mesmo.
Declara que esta afirmação é de Allan Kardec, e que é tão atual que a cada dia vemos sua comprovação.
Allan Kardec acrescenta que alguns estados doentios e certas aberrações atribuídas aos desencarnados, são, na verdade, do Espírito do próprio indivíduo.

Esclarece, então, Suely Schubert, que a auto-obsessão caracteriza-se pelas ideias fixas que a pessoa tem de si mesma e que, às vezes, se apresentam mascaradas como zelo pessoal: cuidados exagerados com o corpo e com a saúde.
A princípio, esses cuidados se apresentam como normais, mas logo se tornam ideias obsessivas.
Para que essa pessoa se liberte da auto-obsessão em que se encontra, é necessário exercitar a auto-observação, aprendendo a testemunhar seus próprios pensamentos, suas emoções e suas atitudes.
Com essa visão interior que não acusa, nem julga, mas unicamente observa, ela pode conhecer a causa que originou sua auto-obsessão.
Terá, então, que assumir a responsabilidade do seu desequilíbrio, e não atribuir o seu problema à ação direta dos Espíritos desencarnados, nem tampouco a lançar culpa nos outros: na família, nas pessoas com quem convive, nas existências passadas, ou então, nas regras injustas da sociedade.

A rigor, nessa postura está o início da cura de auto-obsessão.




Y.M.B.C.