terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

O PERDÃO


 


            Segundo explicações dadas por James Van Praagh, famoso médium americano, em seu livro “Em Busca do Perdão”, perdoar é um ato de superação, de aprendermos a nos proteger sem ressentimento.

            De transformar os acontecimentos que nos magoam em experiências e crescimento. Portanto, perdoar não é somente algo que se faz pelo outro, mas é também um gesto de desapego e libertação. É um benefício que podemos prestar a nós mesmos.

            Aquele que pede e o que concede o perdão sincero iluminam-se com esse gesto, abrindo seus corações e suas vidas para o amor. Já aquele que fica preso ao passado, as suas mágoas e ressentimentos, perde a oportunidade de crescer no mundo e de evoluir espiritualmente,

Alerta Van Praagh, que a vingança não cura dor alguma, e que só teremos paz em nossos corações se dermos uma chance aqueles que erraram conosco. E se quisermos gozar saúde, não devemos manter uma ferida aberta que quer e precisa ser fechada, devemos deixar para trás tudo que já passou, para que esses acontecimentos desagradáveis percam sua força.

Essa atitude nos salva da posição de vítima e nos devolve o comando do nosso próprio ser.

James Van Praagh, em seu livro “O Despertar da Intuição”, também nos chama a atenção para o fato de que os pensamentos são coisas reais.
E apesar de não vê-los com os nossos olhos físicos, eles atravessam a atmosfera, viajando como correntes elétricas, de pessoa a pessoa.
Assim, tanto nós os emitimos a outras pessoas como também os captamos, podendo até dizer que na realidade, somos como antenas ambulantes.
E esse intercâmbio, pode ser positivo ou negativo para nosso bem-estar.

Diante desta observação, conclui Van Praagh, dizendo que se, realmente, perdoamos uma pessoa em pensamento, ela será perdoada. E acrescenta que é com o ato de perdão que nós, seres imperfeitos, podemos nos reconciliar com o nosso destino maior.

Richard Simonetti, autor de diversos livros espíritas, em um artigo publicado no “Reformador”, cita vários exemplos sobre o ato de perdoar,
Entre estes exemplos citaremos dois dos mais comuns desabafos:
            _ Eu perdoo, mas não esqueço.
            Neste caso, pondera Simonetti que, se a pessoa passar a cultivar a lembrança do ocorrido, relembrando-a em detalhes, essa atitude será considerada como sinal de rancor reprimido.

            Ou então: _ Perdoo, porque tenho certeza de que Deus haverá de castigá-lo um dia.
            Esta afirmação expressa um desejo evidente de vingança.

            Diz Simonetti que, em qualquer das duas alternativas, aquele que assim procede está prejudicando a si mesmo, minando sua própria saúde e mantendo conflitos em sua alma.

            Para concluirmos, será exposta a opinião de Claude Bristol e Harold Sherman, no livro intitulado “T.N.T. _ Nossa Força Interior”, a respeito da frase “Perdoo, mas não esqueço”.

Explicam Bristol e Sherman, que tudo que levamos para dentro de nossa consciência, lá fica retido, a menos que, através de um ato de resolução e boa vontade, alteremos o quadro mental, ou então, o abandonemos de uma vez.

Mas se não conseguirmos mudar os quadros desagradáveis e perturbadores pelo qual passamos, eles continuarão a existir como irritação na consciência e, em consequência, irão se refletir em algum distúrbio físico ou psicológico.

Portanto, se quisermos prosseguir em nossas vidas com paz e saúde, não devemos estocar em nossa consciência, quadros mentais infelizes e destrutivos, isto porque eles se encarregarão, com o passar do tempo, de envenenar o nosso organismo.

YMBC