segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

ENERGIA MENTAL



           Num artigo publicado no “Reformador”, Mauro Paiva Fonseca faz uma explanação sobre este assunto, com uma abordagem clara e objetiva.

            Inicia dizendo que nós vivemos num campo vibratório, gerado não só pelas mentes dos seres humanos, como também pelas dos Espíritos desencarnados, que juntas compõem a coletividade do planeta Terra.

            Os dois planos, material e o espiritual do mundo em que vivemos, irradiam ininterruptamente energias mentais heterogêneas que são absorvidas pelas mentes que lhe são afins, ou então, repelidas pelas mentes que lhe são adversas.
            Portanto, a qualidade da energia que absorvemos irá depender do nosso grau de conhecimento que nos permitirá discernir, com acerto, entre o bem e o mal, o certo e o errado, o elevado e o inferior.

            Esta explicação de Mauro Paiva Fonseca nos faz ver a importância, no curso de nossas vidas, de termos uma mente esclarecida e equilibrada, porque é exatamente ela que nos manterá a salvo do risco de absorvermos essas energias inferiores que poluem a crosta terrestre.

            Outro ponto importante é estarmos atentos à natureza dos pensamentos que habitualmente alimentamos.

            Os pensamentos negativos, tais como a intolerância, a ira, a vingança, o desespero e tantos outros dessa natureza, geram em nosso organismo, conforme a sua intensidade, estados vibratórios venenosos.
 Essas vibrações venenosas penetram o nosso corpo fluídico - o perispírito- e, em seguida, irrompem no corpo físico sob a forma de enfermidades de difícil diagnóstico médico.

No entanto, os pensamentos de serenidade, mansuetude, bondade e resignação aos fatos imutáveis da vida, e outros do mesmo teor, mantém-nos o estado espiritual sadio, nos proporcionando uma saúde equilibrada e alegria de viver.

            Dentro desse procedimento cada pessoa receberá, através da sintonia, uma boa ou má energia, sempre de acordo com a natureza de seus próprios pensamentos.

            Vejamos, agora, a pior das sintonias que podemos captar pela invigilância de nossos pensamentos: a obsessão.

            Entre os vários graus do processo obsessivo, focalizaremos apenas a invigilância dos nossos pensamentos e da nossa conduta.

            Izaias Claro, em seu livro “Vencendo Aflições”, esclarece que toda obsessão acontece da perfeita sintonia entre o obsessor e o obsediado.
            Explica que os que partem da Terra, desencarnando fortemente imantados aos vícios, têm dificuldades de se desligarem do plano material, e por isso permanecem perambulando junto a nós, a procura daqueles que lhes proporcionarão meios de continuar com seus vícios interrompidos.
            Esses Espíritos sedentos e ansiosos utilizam-se de pessoas afins para absorver suas emanações viciadas.
            Consta que o número dessas vítimas que padecem do processo da obsessão espiritual, é muito grande, já que o número de viciado na Terra cresce dia-a-dia.

            Izaias Claro nos dá, então, os seguintes conselhos: Nós não devemos nos permitir deslizes morais, e para isso, é preciso estarmos sempre vigilantes para que possamos mudar os clichês mentais viciados e remover da mente as imagens negativas por nós alimentadas.

            Outra medida importante contra esses assédios é orarmos e meditarmos, e nesses momentos, refletirmos sobre os reais valores da vida.

Como também, devemos por em prática a terapia preventiva, que consiste em cultivarmos os pensamentos otimistas e sadiamente operantes, como no trabalho fraternal de solidariedade, e no serviço ao próximo.

Existe outro perigo que afeta muitas pessoas por não cuidarem da qualidade de sua energia mental: é o caso da auto-obsessão.
Denomina-se auto-obsessão a influência obsessiva da alma sobre si mesma.
A criatura passa a ser “a opressora de si própria”, criando um verdadeiro campo de batalha em seu mundo interior, e provocando alterações de comportamento físico, emocional e mental.

Suely Caldas Schubert, em seu livro “Os poderes da Mente”, esclarece que o ser humano não raramente é o obsessor de si mesmo.
Declara que esta afirmação é de Allan Kardec, e que é tão atual que a cada dia vemos sua comprovação.
Allan Kardec acrescenta que alguns estados doentios e certas aberrações atribuídas aos desencarnados, são, na verdade, do Espírito do próprio indivíduo.

Esclarece, então, Suely Schubert, que a auto-obsessão caracteriza-se pelas ideias fixas que a pessoa tem de si mesma e que, às vezes, se apresentam mascaradas como zelo pessoal: cuidados exagerados com o corpo e com a saúde.
A princípio, esses cuidados se apresentam como normais, mas logo se tornam ideias obsessivas.
Para que essa pessoa se liberte da auto-obsessão em que se encontra, é necessário exercitar a auto-observação, aprendendo a testemunhar seus próprios pensamentos, suas emoções e suas atitudes.
Com essa visão interior que não acusa, nem julga, mas unicamente observa, ela pode conhecer a causa que originou sua auto-obsessão.
Terá, então, que assumir a responsabilidade do seu desequilíbrio, e não atribuir o seu problema à ação direta dos Espíritos desencarnados, nem tampouco a lançar culpa nos outros: na família, nas pessoas com quem convive, nas existências passadas, ou então, nas regras injustas da sociedade.

A rigor, nessa postura está o início da cura de auto-obsessão.




Y.M.B.C.