quarta-feira, 27 de abril de 2016

ANÁLISE SOBRE O “DOM DE CURAR” E SOBRE A “AUTOCURA”, ISTO É, COMO PODEMOS CURAR A NÓS MESMOS.


            Jesus Cristo, em certa ocasião, disse a seus discípulos que devemos dar gratuitamente o que gratuitamente recebemos.

            Jesus se referia à mediunidade de que eles eram portadores, e que iria lhes permitir curar doentes do corpo e da alma, como ele vinha fazendo.

            E explicou-lhes que esse dom concedido pelo Criador, foi-lhes dado com a missão de aliviar os que sofrem, além de ser, também, o meio mais eficiente da propagação da fé.
            Nessa revelação, Jesus deixou explícito que jamais fizessem dessa dádiva um instrumento de comércio, nem de especulação, nem de meio de vida.

A mediunidade de cura, empregada pela Doutrina Espírita, tem igualmente essa finalidade: sacudir a descrença do enfermo, despertando-lhe o interesse pelos ensinamentos da vida espiritual. Como, também, a cura ou o alívio mediúnico, tem por objetivo comprovar o poder dos Espíritos desencarnados, em atuarem no mundo material, ajudando as pessoas.

É importante também, ressaltar que o auxílio do Plano Espiritual para os que têm o “dom de curar”, não se restringe apenas aos médiuns espíritas, mas, também, aos sensitivos devotados aos objetivos espirituais superiores, independente do credo que professem.

Infelizmente, existem pessoas mercenárias que usam a sua faculdade mediúnica para ganhar dinheiro e até para negócios escusos.

Outro ponto que devemos salientar é que em toda cura está presente o merecimento do paciente, por razões diversas, como, por exemplo, nos seguintes casos: às vezes, a cura se concretiza como um chamamento para a realidade espiritual, ou então, por já se encontrar no final de sua expiação  cármica, o que é mais comum, ou, até mesmo, para o cumprimento de determinadas missões.

Essas pessoas se beneficiam das diversas modalidades de cura, com mais facilidade do que outras, seja na medicina alternativa, como na espiritual, através, por exemplo, dos passes mediúnicos, das águas fluidificadas ou das operações espirituais.

Quanto a essas modalidades de cura, é bom esclarecer que há, também, decepções, porque, às vezes, a terapêutica que cura determinada pessoa, não faz nenhum efeito quando aplicada a outro paciente, nas mesmas condições físicas.

Nesses casos, muitas vezes, a culpa do insucesso dos recursos empregados não é nem do médico, nem do médium de cura, mas exclusivamente de fatores psicológicos, ou então, cármicos, inerentes ao próprio paciente.

Há outro aspecto que devemos focalizar, em defesa daqueles que têm o dom de curar:
O nosso organismo carnal é um verdadeiro mata-borrão do perispírito, que é o corpo fluídico que serve de intermediário entre o Espírito e a matéria. Assim, o nosso organismo absorve através do perispírito toda a carga doentia produzida pela desarmonia mental e pelos descontroles emocionais do Espírito, e com essa absorção o organismo se intoxica com esses fluidos psíquicos enfermiços. É quando, então, as moléstias e os distúrbios se manifestam no corpo físico.

O Dr. Joseph Murphy, que se dedicou ao poder curativo de nossa mente subconsciente e o poder da oração, visitou, certa vez, um doente em sua casa. O médico desse paciente declarou que não havia motivo para ele não sarar e voltar ao trabalho.
 Dr. Murphy, em conversa com esse enfermo, ficou sabendo que ele era um cristão fervoroso e dedicado à sua religião, mas ao ficar doente revoltou-se contra Deus, tornando-se petulante e agressivo, chegando ao ponto de declarar que ia abandonar a sua religião, já que Deus não estava agindo direito com ele, que seguia corretamente o seu mandamento.
 O Dr. Joseph Murphy explicou a esse homem, que jamais se curaria com esse estado de espírito, porque por trás da sua doença estavam emoções destrutivas, e com a sua revolta e acusações descabidas contra Deus, estava prolongando o seu sofrimento e impedindo a sua cura.
Este homem acabou compreendendo que a culpa do que estava lhe acontecendo era de sua inteira responsabilidade. No momento que ele sarou sua mente, em pouco tempo, o corpo também se curou.
Este exemplo nos mostra o quanto as doenças orgânicas refletem o desajuste da mente.
A mente conturbada, cheia de preocupação e lamentações, acaba por alterar a química do corpo físico, debilitando o sistema imunológico.

No livro “Cure-se, você é seu próprio remédio”, o autor Lauro Trevisan, que desde 1975 se dedica à ciência do Poder da Mente, nos explica o seguinte: De um modo geral, as doenças quando não são genéticas, são somatizações de causas mentais negativas, uma vez que a mente age e o corpo reage de acordo.
Exemplifica, então, Lauro Trevisan, que mente triste, traumatizada, magoada, revoltada, rancorosa, irada, angustiada, atua negativamente sobre o corpo físico, enfraquecendo-o e o condicionando à enfermidade.
Portanto, nesses casos e em muitos outros, a doença nasce na mente e se expressa no corpo. É por isso que a ciência médica afirma que a doença, em si, não existe, o que existe é um coração enfermo, um estômago desarmonizado, um fígado deteriorado, e assim por diante.

O Dr. Deepak Chopra, médico indiano residente nos E.U.A., em seu livro “A Cura Quântica”, acrescenta que tudo que acontece no universo mental, necessariamente deixa sinais no corpo físico.

Dentro dessa linha de raciocínio devemos sempre lembrar o seguinte: os médicos e as entidades espirituais fazem a sua parte, mas nós devemos fazer a nossa.
Razão do ditado popular: “Deus ajuda a quem se ajuda”.

Esta exposição é finalizada com uma crônica intitulada “A Loja de Deus”.
“Uma mulher, após procurar, em vários lugares, uma loja onde poderia encontrar o que desejava, localizou “A Loja de Deus”. Ao entrar na loja, viu um anjo no balcão, maravilhada, perguntou-lhe o que vendia, o anjo respondeu-lhe que vendia dons de Deus, e que tudo ali era de graça. A mulher contemplou, então, a loja e viu: jarros de Fé, pacotes de Esperança, Caixinhas de Salvação, embalagem de sabedoria e pacotes de Unção.
Tomando coragem, disse ao anjo que queria: muito amor de Deus; vidros de Fé; bastante Felicidade e Salvação Eterna para ela e sua família.
O anjo do Senhor atendeu ao seu pedido, e preparou um pequeno pacote, que cabia na palma de sua mão. Surpresa, a mulher perguntou-lhe como era possível caber tudo o que pediu num pacote tão pequeno.
O anjo sorriu e disse-lhe:
_ Minha querida irmã, na Loja de Deus, não vendemos frutos, nós damos apenas as sementes. Plante as suas, pois só colhe frutos quem semeia com amor. E seja feliz na sua colheita.”
Y.M.B.C.